Sinto-me um pouco como Arturo Bandini, personagem do romance de John Fante, Pergunte ao Pó, quando este jovem adulto escreve para o seu editor dizendo-lhe de seu desejo em escrever um lindo romance sobre um história de amor. Acontece que ele, solto num mundo cruel que lhe apresenta várias dificuldades e dilemas, nunca viveu este sentimento de uma maneira verdadeira. O editor lhe responde, que, na vida, ou você vive tudo que há, ou escreve sobre estas coisas. Esta é a grande qualidade do escritor, relatar coisas que, muitas vezes, nem sentiu.
Sempre penso nisso antes de começar a escrever. Será que estou deixando de viver pelo fato estar relatando tudo? Estou vivendo tudo para depois relatar? Poderia viver mais intensamente, se não estivesse tão preocupado com tudo isso?
De qualquer forma, diariamente, aceito o desafio de viver intensamente tudo que a viagem tem me proporcionado, e ao mesmo tempo, guardar estas experiências na memória, através da palavras escrita. Para que depois, lendo novamente minha viagem, possa revivê-la, mesmo que só em meu íntimo. E possa compartilhá-la, através das histórias que vão nascendo com os dias, com outras pessoas.

3 comentários:
É muito bom ler os seus relatos! Sinto-me quase como se estivesse aí com você, tamanha é a riqueza com que você descreve as suas vivências. E não deixa de escrever, nem que seja apenas uma breve lista das coisas que você fez! Aproveita a viagem luquinhas. Abrass,
Johnny.
Se vc deixar de escrever vai deixar um monte de leitores órfãos.. Continue escrevendo e deixe que viajemos com vc :)
Bjs
oi meu amor, continua sim. esta lindo demais. beijos da sua amada.
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