Antes de irmos à praia, ele nos levou para conhecer Ala Moana e Kaiser bowls, duas ondas que quebram mais no verão, e ficam no South Shore da ilha. Dali, eras possível avistar o Diamond Head, um vulcão inativo aqui da ilha. No caminho até lá o Finha nos mostrou quase todos os lugares onde dá para fazer balada na ilha, o cara gosta muito da “night”.
Quando estávamos chegando, passamos por muitos prédios bonitos, hotéis luxuosos e lojas de grande grifes. Pus-me a pensar porque será que gostamos tanto de conhecer cidades cheias de infra-estrutura e elegância. Ali, no meio de todas aquelas construções humanas, havia muito mais gente do que no lado norte, onde a natureza é muito mais exuberante. Minha conclusão é de que nós, seres humanos, talvez admiremos tanto os lugares assim, por que são realizações de pessoas também. Alguém, algum dia, pensou em tudo aquilo, outros tantos, sacrificaram-se para que tais idéias tornassem-se realidade. Ao contrário da natureza, como a conhecemos, que já está pronta, que possui uma vida própria, um construção feita de uma forma tão biológica e antiga, que não conseguimos conceber sua grandeza com tanto facilidade. Talvez pelo fato de que não foram nossos pares que a construíram, e isso não nos dá um dimensão exata da energia despendida para realizá-la.
Eu sempre admirei muito as cidades, não sei se consegui me fazer entender com relação às minhas reflexões naquela hora, mas este novo pensamento que nasceu em mim, me fez sorrir e gostei ainda mais do nosso passeio.
Estacionamos o carro, e fomos à famosa praia de Waikiki assistir alguns surfistas aprendendo a surfar e apreciar um belíssimo pôr-do-sol.
- Ah, este é muito caro, U$21,00.
Estranhei o fato de ela achar tão caro um protetor tão bom. O Cauê me falou que por aqui os protetores mais caros não passam de U$10,00. Quando dissemos a ela que no Brasil alguns chegam a custar o equivalente a U$60,00, a menina quase caiu para trás. Perguntou se éramos ricos.
É engraçado ver que nossa moeda, que nos custa muito trabalho para ser conquistada, tem um poder aquisitivo bom aqui nos USA, e é revoltante ver o quão caro pagamos por coisas simples aí na nossa terra. Apensar de que, com relação a frutas, verduras e muitos outros alimentos, não podemos reclamar de nossa terra Brasilis. Aqui custa bem caro alimentar-se de uma forma saudável. Todas as comidas que você pode imaginar , aqui você encontra nos grandes freezers de congelados. Como dizia um amigo carioca que conheci no Chile:
- No Brasil é uma desgraça, você cospe a semente de um fruta no chão e na semana seguinte tem uma árvore frutífera no seu quintal. – E dava risada com isso.
Obviamente, enquanto o Finha pagava por suas compras, o Cauê pediu alguns adesivos. Em casa descobri que ele tem até uma pasta para guardar todos os adesivos que pega pir aí.
Passeamos um pouco mais pelas ruas e lojas, lembrei muito da Nai porque ela teria adorado aquele monte de lugares charmosos e bonitos que conheci.
Depois disso, ainda passamos no aeroporto para que eu pudesse alugar meu carro. Eu já estava um pouco irritado com esta novela do automóvel, porque cada um que te encontra fala uma coisa diferente:
- Compra!
- Não, aluga.
- Aluga, mas sem seguro.
- Sem seguro é roubada.
- O melhor ée comprar porque não queima o dinheiro.
- Mas e se você compra e demora pra vender?
- Compra direto com os proprietários.
- O melhor é se garantir com as concessionárias.
Nossa, aquilo estava me deixando louco. Resolvi que iria até o aeroporto alugar um carro de qualquer jeito, Tinha dito para o Cau:
- De hoje não passa, garoto. Acabou a chinelagem, vamos ficar encarangados.
Passei por 4 locadoras, e elas não me ajudaram nem um pouco. Os valores estão bem altos por causa das festas de final de ano. Além disso, já queria ter alugado um carro para quando meu primo chegar, dia 10 de janeiro, e ficar até ir embora, 5 de fevereiro. Acontece que aqui eles só podem alugar o carro por 30 dias, depois tem que estender a locação, mas eles não podiam me dizer ao certo o valor depois dos 30 dias, porque isso muda toda hora. Enfim, uma confusão! Mesmo assim, fiz os orçamentos e fui para o carro conversar com meu partner Cauê. Chegando no carro, nem deu para dizer os valores, pois o Finha logo falou:
- Aê, magro, nem te estressa que consegui um carro pra ti.
Ele havia dito para um amigo, o Alex, que queria comprar um carro. E o Alex ligou para ele oferecendo um escort da namorada por U$1.000,00.
- Mas por uns U$800,00 ele vende.
Fiquei meio frustrado por sair dali sem carro, mas contente pela possibilidade de comprar algo bom e barato. Fomos em direção casa divertindo-nos e rindo bastante pelo dia de turista que tínhamos vivido.
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