domingo, 6 de janeiro de 2008

O início do ano!

Os três primeiros dias de 2008 foram bem difíceis por aqui. No primeiro deles eu estava tão mal que passei o dia todo deitado, dormindo e suando muito. Todo meu corpo doía, minha cabeça latejava e a sensação momentânea era tão ruim, que pensava que teria que ir embora. Pensei muito na minha cidade, na minha casa, minha cama, nos meus pais, na Naiana, e no quanto ela cuida de mim nestas horas. Tudo isso foi muito forte naquela hora, pelo fato de a doença ter me deixado muito sensível. Graças à um momento de lucidez, decidi que ia melhorar rápido, mentalizei luz verde e lilás por todo meu corpo, procurei senti-lo já forte e saudável, e isso foi importante para o inicio da recuperação.
No dia 2, fiquei bem preocupado porque o Cau pegou minha gripe, e foi a vez dele de ficar o dia todo no mesmo processo, dormindo, suando, reclamando de dor no corpo e na cabeça. Sentia-me duplamente mal, por ter lhe transmitido a gripe, e por saber exatamente o que ele estava sentindo. Fiquei em casa o dia todo. Lá fora ventava, chovia, e o sol apareceu muito pouco. Eu e o meu pimpolho tínhamos muito frio, à noite qualquer brisa nos fazia tremer.
No dia seguinte, eu já estava melhor, e ele dormiu bastante, mas no final do dia, fomos à casa do Bruno. Era seu aniversário, e a Sabrina, sua namorada, fez doces, bolos e convidou alguns amigo para uma festa surpresa. Ficamos lá por algum tempo, mas no caminho, passamos no supermercado e comprei limão e alho, lembrei destes ingredientes poderosos quando acordei à tarde. Fui na cozinha e comi um limão cru, o que me fez muito bem.
Quando voltamos para casa, fomos preparar um chá de limão, alho e mel. Porém, eu estava tão desesperado para melhorar que comi meio dente de alho cru. Tentei convencer o Cau a fazer o mesmo, mas ele não gosta de alho. Aquilo me deu um calor enorme por dentro, e, não sei se foi exatamente pelo alho, comecei a melhorar. Tomamos o chá contra nosso paladar, mas aquilo abriu nossos poros, fazendo-nos suar muito.
No dia seguinte, sentia-me muito melhor, as dores no corpo tinha parado, a cabeça já não estava estourando, a febre parecia ter sido eliminada. Apenas uma tosse muito forte apareceu. Logo pela manhã tomamos mais uma xícara do delicioso chá e ficamos mais um dia de molho. Fomos ver o mar algumas vezes, mas, para nossa sorte, foram dias de ondas bem ruins. À noite, o Cau não conseguia nem mais sentir o cheiro do alho sem que aquilo lhe trouxesse um asco. Obriguei-o a continuar com o tratamento.
Finalmente, no dia 5 acordei sentindo-me quase 100%, a única coisa que continuava me incomodando era a tosse. Decidi que iria surfar, para mexer o corpo e colocar o muco pra fora. No final da tarde fomos à Rocky Point, não estava muito bom, mas deu pra surfar algumas ondas e sentir o corpo voltando ao normal. O Cau preferiu esperar mais um dia.
Hoje, dia 6, o dia amanheceu lindo, como não tínhamos visto este ano. Um sol quente brilhava num céu azul piscina, com pouquíssimas nuvens no céu. As ondas estava pequenas, mas perfeitas porque o vento soprou terral durante quase todo dia. Surfamos em Rocky Point, curtimos um tempo na praia, fizemos uma comida em casa, descansamos e vimos um pôr-do-sol lindo em Pipeline, enquanto o Jadson surfava. Foi super animador, porque o vento não soprava forte, as ondas estavam bem alinhadas, apesar do tamanho. Condições que não tínhamos visto aqui até agora.
Desde que ficamos doentes, estamos acordando bem tarde, mas hoje fizemos um pacto de acordar cedo e surfar sem crowd amanhã. Este processo de melhoria da saúde, acabou me tirando o ânimo para escrever, mas como hoje vivemos um dia tão agradável, acho que voltarei a relatar as aventuras desta viagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

grande luquinhas! não pára de escrever não! tem uma galera aqui acompanhando teu blog e curtindo as peripécias vividas por ti aí no paraíso.
estava em ibiraquera no reveillon e todos lembramos de vc.
um baita abraço e boas ondas, muleke...