O dia começou com sol, pouco vento e nada de nuvens, mais uma vez. São os primeiros dias que não chove, desde que chegamos aqui. Isto me deixou muito feliz, com vontade de aproveitar mais a praia, o mar e as ondas, que continuavam baixas.
Fomos até Off The Wall, e a água estava de um azul bem clarinho e transparente. Via-se o coral por debaixo das pequenas, mas tubulares, ondas que quebravam. Aquilo me empolgou para surfar ali mesmo. Voltei para casa e chamei o Jadson, o Cau disse que iria de bike.
O surf não estava muito bom, mas já dava pra sentir a potência daquelas ondas. Acabei remando para Pipeline, onde vi as cavernas que ficam abaixo de nossos pés. Peguei poucas ondas, mas foi bom surfar ali mais uma vez. Minha saideira foi para Backdooor, mas sem tubo, apenas manobrando. Da areia, vi o Cau, que estava em Off The Wall. O Jadson saiu logo em seguida, depois voltou para dentro do mar para avisar Cauê que estávamos indo embora.
Em casa, o Jadson ficou insistindo para irmos para o centro comprar sues eletrônicos, mas eu tinha que fazer as compras de comida para a casa. Acabei optando pelo dever ao lazer. Fui com o Júlio no Cotsco, desta vez com uma lista na mão, para agilizar as compras e voltarmos com tempo de darmos uma queda no final de tarde.
Quando voltei o Cau tinha ido buscar emprego em Haleiwa,e fui com o Jadson para Rocky Point. No caminho de volta para casa já deu para ver que o mar tinha subido, mas chegado na praia foi impressionante perceber como as ondas crescem rápido por aqui. Ali já tinha uns 5 pés de onda, bem diferente da manhã, quando não passava de 2 pés. O crowd era intenso, talvez pelo fato da temporada estar muito fraca, talvez também porque Pipeline estava fraco. O fato é que haviam vários prosurfers havaianos na água, e quando eles aparecem, sempre pegam as melhores ondas.
Todas as ondas que peguei fecharam, ou alguém entrou na minha frente. Aquele foi o mar mais difícil que surfei aqui, no quesito surfar uma onda boa sozinho. Remei para todos os lados, tentei ir em onda pequena, grande, para a esquerda, para a direita, e nada adiantou. Eu praticamente não surfei, só remei. Vi o Jack Johnson pegar um tubo profundo e muito bem surfado. No final da onda, que assisti de lado, saiu um spray do tubo, e ele continuava sumido, aparecendo alguns instantes depois. Muitas pessoas celebraram, de dentro e fora da água. Estes momentos fazem valer e pena estar ali, mesmo sem pegar muita onda.
Saí do mar chateado pela session que se encerrava, mas feliz, porque as previsões estavam se concretizando. Ainda lá no outside, o Jerônimo Vargas, surfista brasileiro da nova geração que entuba muito bem e é atirado em Pipe, me disse:
- Cara, e estas ondas amanhã?
- Vai entra mesmo o swell, né?
- Claro. Tem que ir para Pipe de noite.
- Tipo umas 5 da manhã?
- Eu, no ano passado, acordava neste horário e ia caminhando, chegava lá um pouco antes das 6h. Daí dá para ficar sossegado ali na beira olhando o dia clarear, antes de entrar no mar. Mesmo assim, neste horário já tem alguns bodyboarders na água.
Na areia, ainda encontrei com o Paulo Barcelos, que me disse que o dia só clareia mesmo depois das 6h:
- Chegando às 6:30h, você entra no mar junto com o clarear do dia.
- Então, ta. Amanhã passo lá para te acordar – Disse-lhe, pois ele está hospedado quase na beira de Pipeline.
- Não precisa, não. Eu já vou estar de pé.
Depois do surf, ainda levei o Jadson para comprar o seu último brinquendo, uma filmadora. Chegamos lá, sabe-se lá como, porque nem sabíamos onde ficava a loja, e ainda faltando 30 minutos para o fechamento.
Voltamos para casa com mais um equipamento para registrarmos o surf, eu comprei um tripé, pois o que tínhamos aqui está bem ruim. Já em casa avisei aos dois:
- Meu, amanhã vou acordar cedo, e não vou esperar quem ficar se amarrando. Quero acordar às 5h e sair de casa lá pelas 6h.
- Não, pode me acordar, mas tem que ver se eu abri os olhos. Se eu realmente estiver acordado, não tem erro. Quero ir, sim.
O Cauê não falou nada, mas eu iria chama-lo de qualquer forma. Ainda vimos o início de um filme, e conversei com a Naiana, que tinha acabado de dar aula para minha turma, às 7h da quarta-feira, lá no Brasil. Disse a ela que surfaria um Pipe de verdade, e ela desejou-me sorte.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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Um comentário:
fala bixona!!!!
the real sweel is here rigth now!
lets go surf broh!
yeaah...
cara, se e foda! hahaha
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